segunda-feira, 5 de maio de 2008





O ANSIOLÍMETRO
DE DEUS...

Pastor Neucir Valentim




“sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia.” Gn 15:14 a 16.




Abrão está vivendo uma agonia mental, tipo aquelas que nos acometem à noite, quando estamos bastante preocupados.



Deus havia lhe dito que cumpriria a promessa feita, e ele teria um herdeiro, Abrão havia crido, e até fez uma altar para que o Senhor confirmasse a promessa. Neste ínterim, o velho patriarca, é vítima do pavor noturno, do medo de descrer, ou talvez, da falta de uma “materialização” mais clara da promessa feita.



O Texto diz (Gn 15:12) que caiu um profundo sono sobre ele, e grande pavor e cerradas trevas. Certamente Abrão foi acometido por algo muito conhecido nosso, chamado ansiedade. O grande homem de Deus, o Pai da fé, estava sentindo as garras da ansiedade, que se materializavam como aves de rapina, e desciam sobre o holocausto que oferecera ao Senhor (Gn 15:11). Por mais que ele as enxotasse, elas permaneciam em cima dele.



Se você já ficou ansioso um dia, sabe como a ansiedade age, a semelhança destas aves de rapina, que descem sobre a nossa mente, provocando medo, pavor e insegurança.



A primeira coisa que Deus faz quando a ansiedade chega é dizer que Ele tem o controle de tudo, do hoje, do amanhã e do depois de amanhã. Por isso Deus diz a Abrão o que vai acontecer nos próximos 400 anos! (Gn 15:13). Quantas vezes nos preocupamos com o hoje e Deus quer nos mostrar o resultado de sua ação à longo prazo? Mas nós nos ofuscamos com o agora, e não percebemos os horizontes divinos.



Em segundo lugar Deus Diz ao patriarca, que a sua “pré-ocupação” isto é, que o fato de ocupar-se antecipadamente com as coisas, não vai mudar o futuro. Por isso o Senhor Jesus falando aos discípulos diz o seguinte sobre a ansiedade: Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6:34). Logo depois o próprio Deus revela a Abrão que as coisas circunstanciais não afetariam o futuro da vida do patriarca: “Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado.” Ou seja, Fique tranqüilo Abrão, porque ainda viverás bastante tempo, ficarás velho e gozarás uma boa aposentadoria com os seus netinhos! Não se preocupe à toa.



Em último lugar, Deus fala algo que julgo muito interessante: Que nada fica desapercebido do seu olhar perscrutador, as injustiças, os erros e os maltratos que sofremos, etc. “porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia.” O que significa isso? Significa que Deus tem uma medida, um “ansiolímetro”, um medidor de ansiedade causada. E toda essa gente que nos causa mal estar, ansiedade, dificuldade ou até mesmo perseguição, terá o seu dia de juízo, quando a medida chegar ao limite máximo.
Eu não conheço as razões de suas ansiedades, ou mesmo as suas preocupações, mas segundo o texto título desta pastoral, elas são inúteis e não modificarão o curso da vida. Portanto, não vale à pena ficar ansioso. Uma outra coisa, em não conheço a sua realidade, se existe alguém que o estressa, que o faz perder a paz, que o maltrata. Mas uma coisa sei, que se porventura existe, a medida está sendo controlada por Deus, e quando ela chegar no nível máximo, Ele certamente agirá de forma surpreendente a seu favor dando um basta final! Portanto, meu irmão, descansa em Deus até que se encha a mediada dos amorreus.

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