
sexta-feira, 9 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

OU CHIBOLETE?
“Então os homens de Efraim se congregaram, passaram para Zafom e disseram a Jefté: Por que passaste a combater contra os amonitas, e não nos chamaste para irmos contigo? Queimaremos a fogo a tua casa contigo.” E houve naquele dia grande batalha...
Nenhuma história bíblica retrata tamanha contradição e estupidez humana como essa. Os homens de Israel, da tribo de Efraim, ao saber que os homens de Israel da tribo de Manassés, estiveram lutando contra os amonitas, povo inimigo da nação, à qual pertenciam as duas tribos, ficaram profundamente irritados porque não foram convidados para pelejar juntos. E, assim, porque não foram lutar lado a lado, tornaram-se inimigos entre si, a tal ponto, que houve grande peleja naquele dia, de modo que nessa luta insólita, morreram, apenas de Efraim, cerca de 42.000 homens.
Essa história sinistra, tirada do livro dos juízes, faz-nos lembrar um pouco da nossa história evangélica no Brasil.
Glossário: Chibolete significa riacho fluente. Palavra que os Efraimitas não conseguiam pronunciar corretamente, à semelhança de certas palavras regionais brasileiras, cujo som é diferente em outros estados.
Pastor Neucir Valentim

Niterói é uma palavra indígena que significa “águas paradas” ou “águas entre pedras.” Para nós que temos a nossa igreja situada no centro da cidade que leva esse nome, é bem sugestivo. Pense bem: Somos uma igreja situada em águas paradas, ou que vive em águas entre pedras. A partir deste desafio etimológico, podemos crer que, enquanto igreja, devemos procurar mover as águas, ainda que existam pedras gigantes a nos desafiar.
Águas paradas, geralmente, não são boas, são propensas a se transformarem em depósitos de parasitas, tornando-se em águas doentes, a semelhança das águas amargas de Mara, imprestáveis para dessedentar aquele que tem sede da água da vida. Que a semelhança de Moisés clamemos aos Senhor para que transforme estas águas paradas em águas potáveis, cheias de vida (Ex 15:25).
Quem sabe, temos também ouvido o clamor de muitos dos que aqui vivem e passam como o profeta Eliseu ouviu no passado: “Eis que a situação desta cidade é agradável, como vê meu senhor; porém as águas são péssimas, e a terra é estéril.” II Reis 2:19.
Recente pesquisa do IBGE revelou que Niterói está em 4º lugar no quesito cidade com melhor qualidade de vida no Brasil, e os seus administradores desejam vê-la em 1º lugar em breve. Mas será que a semelhança do texto de II Reis 2:19, referido acima, vivemos numa cidade agradável, mas que, espiritualmente falando, tem águas péssimas e a terra é estéril? Quando andamos pela cidade percebemos o quando isto é um fato. Percebemos nas faces, nos olhares dos transeuntes uma profunda sede de Deus, sede que só Jesus pode saciar.
Deus está convocando você, membro desta igreja, que vive no meio destas “águas paradas” para, sanear estas águas, e pelo Espírito Santo, canalizar nesta cidade “águas das fontes da salvação” Is 12:3. Proclamando a salvação em Jesus, que diz veementemente: “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” Jo 4:14.
Aceite este desafio!
Blog: Tudo bom senhor Legalista? É um prazer para este Blog poder entrevistá-lo...
Legalista: O prazer é todo meu, desde que vocês não passem da hora marcada para terminar a entrevista. Comigo é assim: Tudo tem hora para começar e para terminar, caso contrário eu fico de mal humor e vou embora. Aliás, quando estou num culto e este passa cinco minutos do horário do término, sinto-me extremamente aborrecido.
Blog: Tudo bem, deixemos o horário de lado e falemos um pouco do senhor.
Legalista: Eu sou uma pessoa boa, cumpro com os meu deveres, sou honesto e até ajudo muito no reino de Deus.
Blog: Como o senhor ajuda?
Legalista: Eu me sinto um fiscal por natureza. Tenho esta vocação em mim. Não faço isso para ficar bisbilhotando a vida alheia para fazer fofoca, muito pelo contrário, meu objetivo é nobre, livrar a igreja daqueles que cometem faltas. Estou sempre pronto para identificá-los. Imaginem vocês se as pessoas erram e não tem quem as acuse?
Blog: Mas o senhor não acha que toda acusação obcecada, bem como toda busca detalhista de culpa, pode ser de origem diabólica, pois não se trata de justiça mas sim do prazer pela condenação?
Legalista: Eu não busco condenação, mas acho que pessoas que erram devem ser punidas exemplarmente. Sempre!
Blog: A que igreja o senhor pertence?
Legalista: Eu gosto apenas de algumas igrejas. Principalmente aquelas que buscam, como eu, descobrir os erros alheiros, publicá-los e disciplinar cruelmente os que erram. Mas a rigor não me adapto a igreja alguma. Elas tem tantos defeitos (...) com o tempo eu sempre descubro um erro aqui, outro ali, que não condiz com o meu padrão, e aí eu me aborreço.
Blog: O senhor tem alguma profissão?
Legalista: Sim, sou médico oftalmologista. Meu trabalho é examinar os olhos das pessoas, para ver se não tem algum argueiro... (Mt 7:3)
Blog: O senhor pratica algum esporte?
Legalista: Todo esporte que exija um árbitro. Eu gosto mesmo é de ser juiz!
Blog: O senhor tem alguma frustração? Algum sonho não realizado?
Legalista: Sua pergunta me pegou de surpresa, pois na verdade eu tenho uma grande frustração. Gostaria de ter sido promotor público, creio até que trabalharia de graça, por prazer. Com a minha visão crítica apurada, muito poderia ajudar a justiça. Geralmente sei de cor os estatutos, regimentos, regulamentos, códigos, etc., para ficar atento a qualquer irregularidade; Afinal não se pode confiar em ninguém!
Blog: Qual o texto da Bíblia que o senhor mais gosta?
Legalista: Gosto de Êxodo 21:24. “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”
Blog: Mas este versículo não pertence a uma época em que a misericórdia era pouco exercida?
Legalista: Sim, mas particularmente eu não gosto muito de falar sobre misericórdia, ver as pessoas sob misericórdia, julgar sob misericórdia, pois muita misericórdia alivia a culpa de quem está sob o peso do erro, que precisa ser punido.
Blog: Mas não foi por isso que Cristo morreu?
Legalista: Eu não entendo muito de teologia...
Blog: Qual o versículo da Bíblia que o senhor menos gosta?
Legalista: O de Romanos 2:1 “Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo”, - Este versículo me faz sentir um pouco culpado... de algumas coisas que faço...
Blog: O senhor é parente de Arrogante?
Legalista: Sim, sou seu primo. Como vocês descobriram?
Blog: É simples: O legalismo é a pressuposição arrogante de achar que se pode agradar a Deus apenas pela observância de mandamentos legais, sem o exercício da misericórdia. E isto é parte de um espírito arrogante! Por isso a familiaridade.
segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pastor Neucir Valentim
Meu gato "vive" na igreja.
Assim como o meu gato que "vive" na igreja e muitas vezes assiste aos cultos de "camarote" pela janelinha que dá para o templo, existem muitas pessoas, que "vivem" na igreja, participam dos cânticos, ouvem a Palavra, tem manias e jeito de gente crente, mas, que a semelhança de meu gato, não são crentes, pois não têm uma profundidade maior com Deus.
Ao escrever este artigo, o meu antebraço está inchado, com dois furos na altura de minhas veias, o tendão do meu braço está ferido fazendo com que os movimentos dos meus dedos me produzam arrepios, e as minhas pernas estão arranhadas, sinto inclusive, bastante dor ao digitar as teclas do computador.
Lá pela madrugada, ouvi um ruído, um miado de gato, perdido na noite escura, isolado, um clamor de um felino perdido, talvez, no refeitório da igreja. Entrei no referido recinto, fechado, escuro, com ares sepulcrais.
Uma vez identificando o seu dono, voltou para casa meio ressabiado, sem pedir desculpas a ninguém, apenas deitou e dormiu... Enquanto eu usava compressas e analgésicos!
A história contada, de alguma forma, ilustra aqueles que vivem na igreja, mas, não têm um conhecimento do Dono da Igreja. Assim como o meu gato que vivia na minha casa, há muita gente que vive na Casa de Deus e não O conhece, e por isso, na primeira oportunidade, fortuita, busca uma forma de pular o muro, a janela, a rotina eclesiástica, para achar na vida, fora dos limites estabelecidos, prazeres que o levarão a perdição. O meu gato ficou perdido numa noite escura.
E a grande tragédia dessa história toda, é que, assim como, com boa vontade e ternura, busquei achar o meu gato no meio da noite, atendendo o seu clamor felino, existe um Salvador, que anda pelas noites, pelas regiões da sombra e da morte, buscando aqueles que por Ele clamam, pronto a buscá-los, como o Sumo Pastor faz com suas ovelhas: " Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? (Mt 18:12).
Mas, assim como fui mal compreendido pelo meu gato, muitos assim fazem para com Deus, e ao invés de conhecer a sua voz, confundem-se, pois não são ovelhas do Seu aprisco e por isso, não conhece a voz do pastor: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (Jo 10:27). E nesses casos, não importa a dor e o sangue derramado pelo Senhor, porque, por mais que se busque apanhá-las no meio da noite, e colocá-las em lugar seguro, haverá sempre uma outra ocasião para novas fugas, desvios e desencontros...
Saiba que o Senhor está sempre disposto a dar a sua vida e o seu sangue pelos que se perdem, ou melhor, pelos que nunca se acharam nele... pense nisso. Mas, é necessário reconhecer-lhe a voz.
Quanto ao meu gato. Não usarei mais de misericórdia ou farei qualquer esforço para buscá-lo, se quiser ir que vá, pois a dor que estou sentindo é muito grande agora... e ele continua dormindo cinicamente, esperando a próxima noite, a próxima fuga, e quem sabe, da ida sem volta. A bem da verdade... Não sou pastor de gatos!

DE DEUS...
Pastor Neucir Valentim
“sabe também que eu julgarei a nação a qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está ainda cheia.” Gn 15:14 a 16.
Abrão está vivendo uma agonia mental, tipo aquelas que nos acometem à noite, quando estamos bastante preocupados.
Eu não conheço as razões de suas ansiedades, ou mesmo as suas preocupações, mas segundo o texto título desta pastoral, elas são inúteis e não modificarão o curso da vida. Portanto, não vale à pena ficar ansioso. Uma outra coisa, em não conheço a sua realidade, se existe alguém que o estressa, que o faz perder a paz, que o maltrata. Mas uma coisa sei, que se porventura existe, a medida está sendo controlada por Deus, e quando ela chegar no nível máximo, Ele certamente agirá de forma surpreendente a seu favor dando um basta final! Portanto, meu irmão, descansa em Deus até que se encha a mediada dos amorreus.