
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Quando caí da escada

sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Minha conversão e a importância do trabalho infantil

sábado, 27 de setembro de 2008
Impunidade de Hitler aos que adulteram remédio
PARA GANHAR DINHEIRO
E MUITO MAIS...
Pastor Neucir Valentim
Talvez, nenhum versículo bíblico infunde mais temor do que este, onde, revela-nos de forma clara que todos comparecerão diante do trono de Deus. No entanto, de igual forma, como nenhum outro, traduz-se numa profunda esperança, para os filhos de Deus, num mundo de impunidades. Segundo fica claro, ninguém, absolutamente, fugirá do Grande Trono da Majestade.
Foi possivelmente, esta a visão que o compositor bíblico Asafe teve, quando escreveu o Salmo 73. Neste Salmo, o autor bíblico quase entrou em perturbação mental, quando, analisando a vida, percebeu que os ímpios, os perversos, os prevaricadores, os odiosos, sempre se dão bem na vida.
Dentro de seu raciocínio humano, olhando a impunidade dos maus e a desdita dos justos debaixo do sol, tudo parecia funcionar as avessas, e que o mal é bem aquinhoado e o justo na maioria das vezes é prejudicado: "Quanto a mim, os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Porque eles não sofrem dores; são viçosos, e robusto é o seu corpo. Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens. Pelo que a soberba lhes cinge o pescoço como um colar; a violência os cobre como um vestido." (Sl 73:3-5).
Depois de analisar a vida humana, Asafe tem uma profunda crise existencial, na dificuldade de assimilar tal contraste: "Quando me esforçava para compreender isto, achei que era tarefa difícil para mim" (Sl 73:16). E assim, os seus pés quase escorregaram, pois passou a julgar que não valia a pena ser justo, pois ao final da história, o arrogante, o soberbo, o usurpador, acabava sempre, levando a vantagem na vida.
Talvez você esteja sofrendo a síndrome de Asafe, em achar que não vale a pena ser justo, que o perverso é que se dá bem, que o ímpio cresce e não há quem o detenha, principalmente, se você foi vítima de um tirano, de um arrogante ou de um soberbo, dos quais, encontramos muitos exemplares vivos em nosso dia a dia.
Tranqüilize-se! Faça como fez o autor sagrado: Vá ao templo de Deus, e contemple pela fé o fim deles!
Olha o que descreve Asafe quando olhou com olhos espirituais: "até que entrei no santuário de Deus; então percebi o fim deles. Certamente tu os pões em lugares escorregadios, tu os lanças para a ruína. Como caem na desolação num momento! ficam totalmente consumidos de terrores. (Sl 78:17 a 19)
O que esse homem de Deus viu, foi que um dia a impunidade terá fim, que os maus serão chamados a juízo, que a causa do justo será cobrada do injusto, e que existe alguém que se assenta no trono, e que nada fica impune ao seu olhar perscrutador!
Não importa se for gente grande ou pequena, se é um grande salafrário, tirano, ou pequeno perturbador existencial.
Todos, grandes ou pequenos, importantes ou não, comparecerão diante de Deus. Certamente neste dia se apresentarão grandes personagens da história como Adolfo Hitler, Stalin, Nero, os grandes faraós, Calígula, Himmler (o chefe da terrível SS nazista), Napoleão, Mussoline e muitos outros, grandes nomes; mas estarão lá também o Zé da esquina que não lhe deixa em paz, o diretor tirano de sua empresa, o patrão que esfola o direito do seu empregado, o professor carrasco, que faz de sua sala de aula um nicho para massacrar seus alunos, o marido que humilha a esposa, dentro de quatro paredes, o pai que infringe castigo aos filhos por prazer mórbido.
Estará lá o seu Carlos da farmácia, que vende remédio falsificado contra o câncer, para ganhar dinheiro a custa da dor e da tragédia alheia, os construtores que burlam a lei, e expõe a risco vidas humanas. Estarão os políticos corruptos, os assassinos de nosso povo, os grandes traficantes e os seus "bagrinhos". Todos diante do tribunal, sem exceção! Porque aquele que se assenta do trono, é o Soberano Juiz. E ninguém pode fugir de sua presença. Aleluia!
Que esta lembrança o ajude a ver que não há mal que dure para sempre, e que um dia, todos, inapelavelmente, serão chamados a responder pelos seus atos. Que isso nos infunda temor, mas também, a certeza de que vale a pena servi-lo com amor, e não se deixar abater pelas ações do perverso. Lembre-se: Há um Deus no céu que tem um título muito precioso: JEOVÁ DÃ, que significa que Jeová é o nosso juiz, o que julga o mundo, e sobretudo, as nossas causas. Pense nisso!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O velho armário da igreja
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
A síndrome do sabe-tudo
A sua palavra, numa discussão, sempre deve ser a última. E mais, está sempre atualizado nas últimas novidades, ainda que falando de coisas que desconhece. Os portadores desta síndrome sempre acham que os outros não sabem nada, são uns ignorantes à margem do processo do conhecimento, seja no conhecimento científico, político, filosófico, histórico ou até no bíblico.
Não possuem algo, popularmente conhecido como desconfiômetro, isto é, a capacidade de desconfiar que o seu ufanismo desagrada e o torna, por vezes, intolerável. Em última análise, os portadores desta síndrome gostam de sentir-se os bons mestres dos ignorantes.
Jesus nos dá uma linda lição no texto de Marcos 10:17. Um moço rico, possivelmente inteligente e culto, chama-o de Bom Mestre (o que faria vibrar qualquer portador da síndrome do sabe-tudo), ao que Jesus responde de imediato: Só há um que é bom - Deus. Jesus não usou de falsa modéstia, muito pelo contrário, foi honesto em sua resposta. Ele sabia que, mesmo sendo Deus, estava encarnado, por conseguinte, sujeito às limitações naturais da mente humana. Aliás, é um grave erro teológico entender que Jesus, enquanto homem, estava pleno de toda potencialidade divina. Paulo afirma-nos que Jesus humilhou-se a si mesmo, tomando forma humana (Fl 2:5 a 8), isto é, se esvaziou voluntariamente dos atributos incomunicáveis da divindade e ficou sujeito aos limites humanos.
Por isso o Senhor tem fome, sede, não é onipresente, pois tem que caminhar de um lugar para outro, não sabe todas as coisas, (Mt 24:36). Sim, na sua limitação humana, Jesus estava despojado das prerrogativas divinas. Em momento algum deixou de ser Deus; não obstante, ficou limitado à natureza do homem, e feito um pouco menor do que os anjos conforme Hb 2:9. E qualquer ensinamento que não traduza a encarnação em humilhação, em perda, em esvaziamento, está distante do entendimento do fenômeno genuíno que aconteceu ao filho de Deus. Por isso Jesus recusou ser chamado de Bom Mestre, para nos ensinar a lição da humildade, contra a jactância daqueles que desejam ser chamados de mestres.
O Senhor Jesus não deu espaço a esta síndrome. Não quis ser o sabe tudo da história ou o detentor da sabedoria efêmera.
Rejeitou ser chamado de bom mestre! Preste atenção em algumas regras de boa convivência e perceba como você pode imitar ao Senhor.
1) Nunca ache que você sabe tudo e que os outros nada sabem.
2) Reconheça que você não é conhecedor de tudo na vida.
3) Seja honesto e corajoso para dizer: - Conheço muito pouco sobre este assunto.
4) Quando for necessário diga : - Você está com a razão.
5) Se der alguma informação errada, corrija-se, dizendo humildemente que errou.
6) Nunca se esqueça de dizer: Muito obrigado por me ensinar algo que eu não sabia.
7) Saiba que sempre existe alguém que tem algo a ensinar-lhe .
8) Reconheça as suas limitações.
9) Ouça mais o que os outros têm a dizer e se preocupe em falar menos.
10) Seja humilde! Fazendo assim você será muito mais admirado, pois está crescendo na estatura espiritual de Cristo.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Hora para ficar calado
Em primeiro lugar, no meio da desesperança, ele rega a fé na esperança... “bom é ter esperança”. Sim, pode demorar um pouquinho, mas ela vem. Pode parecer que o céu se fechou, que não há respostas, que o errado prevalece. “PODE”, mas não “ SERÁ” pois a semente da esperança produz uma grande árvore de refrigério, quando canalizada no Senhor. Paulo diz em Romanos 5: 5“e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” Quem tem esperança tem o Espírito de Deus ao seu lado.
Em segundo lugar ele trabalha em silêncio, sim fica calado. Não adianta falar, defender sua causa, tentar entrar no mesmo nível dos seus adversários que esbravejavam como trovão sobre ele. A prática do silêncio fala mais alto, pois Deus não ouve o barulho, mas sim a silente alma quieta, que com o coração puro crê na Sua justiça. Ora, como é tremendo ficar quieto diante do errado, diante do que tem um aparente poder, o silêncio nesse caso, é uma arma poderosíssima, pois denota a confiança no Altíssimo, e não em nós! O que podemos fazer? Como fazer? O que falar? A quem convencer? O melhor é deixar Deus falar, e quando Ele fala, a terra treme! Sl 50:3 “O nosso Deus vem, e não guarda silêncio; diante dele há um fogo devorador, e grande tormenta ao seu redor.” È melhor Deus falar do que nós falarmos... lembro de um cântico da Harpa Cristã: Fala Deus! Fala Deus!
E Por último, ele tem plena certeza de fé de que o seu problema, a sua queixa, a sua dor será atendida pelo todo poderoso, pois diz que aguarda a salvação do Senhor. Sim, ele não confia em homens, em métodos, em estratégias humanas, ele acredita na ação do Todo-Poderoso, por isso a salvação virá, com certeza. Ele não tarda e não dorme o guarda de Israel... Lembre-se querido, o segredo da vitória de Jeremias em meio ao caos foi: Regar a esperança, ficar em silêncio diante dos homens, e por último, aguardar a salvação do Senhor. Vamos aprender com ele? No final a vitória não será de quem fala mais, mas de quem se entrega ao Jeová Dan, isto é, o Deus que é o nosso Juiz. Descanse nele.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Entendes o que lês?

Pastor Neucir Valentim
E, apesar de ser antigo, é bastante atual em seu significado, que traduzido é: "Pela concórdia as pequenas coisas crescem, pela discórdia as maiores desabam.”
Ele encena uma verdade comumente observável nas relações humanas, que vai desde a primeira relação que estabelecemos na infância, que é a familiar, entre pais, mães e irmãos, depois a vida conjugal, para muitos, e atinge todas as relações sociais da vida: escola, trabalho, vizinhança, igreja, clube, etc.
O resultado deste pensamento poderia ser resumido assim:
Quando temos uma boa disposição prévia, com esta ou aquela pessoa, a chance de caminharmos bem é muito maior, pois a toleramos mais ou dilatamos bem a nossa compreensão para entender o que ela "quer dizer", "quer fazer" ou, buscamos-lhe, sempre conferir um crédito antecipado. Por isso, nesse espírito concorde, grandes problemas, pontos de vistas diferentes ou até posições contraditórias se tornam toleráveis, e, em alguns casos, até aceitas, pois pela busca da concórdia, damos mais valor as boas intenções, ao sentimento de carinho e afeto que crescem em nosso coração em relação ao outro, a despeito de um pensamento diferente, ou até de uma palavra mal colocada, pois a rigor estamos com um espírito concorde, que sempre julga com boa intenção o objeto de nossa apreciação, mesmo que para isso se tenha que fazer algumas concessões.
Aliás, quem vive uma vida conjugal, sabe como isso é importante para um casamento feliz.
De modo antagônico reagimos sob a discórdia, pois ela promove um desastre em qualquer ambiente.
Quando se tem um ambiente assim, a situação está fadada ao atrito, ao mau juízo, a má compreensão, porque, em última análise, ela está residente, antecipadamente no coração e, assim promoverá um espírito pronto a reagir de forma negativa a qualquer ação em relação ao outro, uma vez que está predisposto a discordar, quer a atitude do outro seja certa ou errada, seja boa ou ruim, a intenção do outro, no caso do discordante, sempre será a pior e promoverá um ambiente propício aos maiores desabamentos. Neste caso, grandes sentimentos se desintegrarão como pó, boas intenções serão destruídas pelo descrédito, e gestos simples, e às vezes singelos, serão entendidos como agressões gratuitas, quer seja em casa, na Igreja, com o colega de trabalho, com o vizinho, e etc.
Portanto há dois caminhos a seguir, sobretudo, quando vivemos em comunidade, e isso implica diretamente em vida eclesiástica.
O primeiro é o da concórdia, onde, num espírito amável, podemos subtrair tudo o que de bom há, prontos a olhar a atitude do outro com bons olhos. E assim, certamente, perceberemos que ao plantar confiança, colheremos o seu fruto, descobriremos que existem muitos amigos e irmãos que se empenham em estabelecer uma amizade sadia, com um espírito aberto e saudável, e esse pomar florescerá rapidamente.
O segundo caminho é o da discórdia, que examina tudo com um pré-julgamento arbitrário e maldoso, onde vê escondido em cada canto, em cada sombra, em cada palavra ou gesto, um inimigo ou um opositor, e assim, corre-se o risco de transformar o companheiro, o amigo, o irmão, o "outro", num inimigo em potencial.
Jesus também abordou essa forma dupla de se ver a vida, quando disse: "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!” Mateus 6: 22 e 23.
sexta-feira, 27 de junho de 2008

ENTREVISTA COM DONA FOFOCA
PASTOR NEUCIR VALENTIM
O nosso BLOG conseguiu uma entrevista exclusiva com Dona Fofoca. Uma velha Senhora bastante popular, conhecida de todos.
BLOG - Qual a idade da Senhora?
Fofoca - Não direi a minha idade por questão de privacidade, mas sou do tempo de Adão e Eva. Aliás, cheguei a estar com eles no Éden. Meu pai, o Pai da Mentira me colocou ali com um propósito.
BLOG - Que propósito foi esse?
Fofoca - Fazer intriga entre o primeiro casal e o Criador. E fui bem sucedida visto que eles me deram ouvido quando lhes disse que Deus não queria concorrência.
BLOG - Porque a Senhora fala assim tão baixinho?
Fofoca - Faz parte de minha natureza. Sempre falo assim e as vezes sussurro apenas ao ouvido...
BLOG - A Senhora tem uma família grande e popular. Fale-nos de seus parentes.
Fofoca: O meu pai é famoso, é o Pai da Mentira, e a mentira é minha irmã mais velha. Tenho um irmão chamado Mexerico e três outras chamadas Injúria, Calúnia e Difamação. Somos uma família unida.
BLOG - Qual a sua atividade preferida?
Fofoca - Semear contenda, principalmente entre irmãos.
BLOG - Mas a Senhora não tem medo de atentar assim contra a fé das pessoas?
Fofoca - Para dizer a verdade, sou até muito religiosa. Gosto muito de estar nas igrejas. As vezes até procuro ajudar as suas lideranças para informá-las sobre o que as pessoas estão fazendo de errado e as críticas que lhes fazem. Acho que ajudo muito. Também exorto à prática da oração.
BLOG - Como a Senhora faz isso?
Fofoca - Quando um irmão me revela um segredo, comete um delito ou evidencia uma fraqueza (Pv 11:13) eu conto a todo mundo a fim de que todos tomem conhecimento e assim possam orar por ele.
BLOG - A Senhora pratica esporte?
Fofoca - Sim, o JOGOMÃO.
BLOG - Que jogo é esse?
Fofoca - é o jogo de jogar irmão contra irmão. É um excelente passatempo.
BLOG - Quais são as regras desse jogo?
Fofoca - É simples. Basta insinuar para alguém que outra pessoa falou mal dele e fez-lhe algumas críticas. Logo ele se enfurecerá e passará a falar mal do outro. Assim, o que ele falar é levado de volta, desta forma o jogo prossegue. Uma regra importante neste jogo é manter-se no anonimato. O bom deste jogo é que geralmente tem uma grande torcida.
BLOG - A Senhora tem algum inimigo?
Fofoca - Sim. Dona Verdade. Ela tem muita força contra mim, e também não me tolera...
BLOG - A Senhora parece muito vaidosa ao responder as nossas perguntas, por quê?
Fofoca - Porque eu sou muito poderosa. Eu consigo destruir quase tudo: A honra, a família, a igreja, a amizade e até a fé de alguns. (Pv 16:28, 18:8 e Pv 26:20,22).
BLOG - A Senhora teme alguma coisa?
Fofoca - Sim, eu temo a Palavra de Deus.
BLOG - Por quê?
Fofoca - Em primeiro lugar ela é a irmã gêmea da Verdade, que me odeia. Há também na Palavra de Deus coisas que me amedrontam como: “não há nada oculto que não haja de ser revelado” Mt 10 26. Há também nela uma advertência dizendo que Deus me abomina, bem como aos que gostam de mim (Pv 6:16 e 17).
BLOG - Qual o versículo da Bíblia que a senhora mais gosta? Fofoca - Aquele que diz “A morte e a vida estão no poder da língua “ (Pv 18:21) porque fala do meu poder.
BLOG - E o que a Senhora menos gosta?
Fofoca - É aquele que se encontra em Tiago 4:11: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros”, porque se as pessoas atenderem a sua orientação eu não consigo exercer meu "santo" papel.

Paráfrases da Bíblia – Pastor Neucir Valentim
Não temas! tenho visto o teu sofrimento e a tua aflição, sei onde estás e o que vives. Conheço a tua luta. Sofres, porque te sentes em terra árida, como o meu povo que estava no Egito, num ambiente estranho, vivendo angústias sendo fustigado todo dia e sofrendo na mão do exator (Ex 3:7).
Não te espantes, pois tenho ouvido o teu clamor e conheço a tua angústia; Assim como, com mão forte libertei o meupovo do cativeiro de Faraó, estarei com braço forte, estendendo a minha mão para te livrar. Saibas, não há poço tão profundo, que minha mão não possa penetrar, não há abismo tão profundo que eu não possa alcançar (Gn 49:25).
Agora precisas crer e descansar no meu poder, e só assim verás o que hei de fazer a teu favor, pois por uma poderosa mão te abençoarei, sim, por minha própria mão verás o inimigo ser destruído à tua frente (Ex 6:1). Agora, deixes de lamentar, de prantear e de chorar com as pessoas com as quais não tem parte comigo, pois tenho visto o teu clamor e tenho colhido as tuas lágrimas. Por isso, pergunto-te como fiz com Moisés meu servo: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem.”
Sim, o que desejo ver em ti é a ousadia para marchar, sem olhar para trás, sem se espantar com o deserto, ou mesmo com o tamanho das montanhas à tua frente. Vede o mar! Ele te parece assustador? Como é grandioso e desafiador, talvez tão assustador como a grande dificuldade que está diante de ti! E você pensa que não pode suportá-lo ou mesmo vencê-lo!
Mas, lembre-se: Eu uso os mares, não recordas que fui Eu que os criei? Eu sou o Senhor que abre o mar e faço os meus filhos andarem no meio dele, a pé enxutos (Ex 14:29).
Sou Eu quem acalma o mar, por mais impetuoso que esteja e por mais encapeladas que sejam as suas ondas (Mc 4:39), pois elas atendem ao meu mandar, por isso, dize, a tua alma: - Sossegai! Descansa em mim, como a criança desmamada descansa ao seio de sua mãe (Sl 131:2). E assim, como a mãe cuida de seu filho, Eu cuido de ti. Peço de ti, neste momento uma coisa muito importante: “Tão somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas coisas vos fez.” I Sm 12:24. Temas o Meu nome, pois este é o princípio da sabedoria.
Tu precisas aprender a ser sábio, no agir e no falar na hora certa. Não sejas precipitado. Aguarde o momento certo e Eu encherei a tua boca com as palavras que deves falar (Ex 4:12).
Sirva-me, pois, de todo coração, de toda tua força e de todo entendimento (Mt 22:37), e mais ainda, cante louvores, alegra a tua alma e regozije-se em mim, e serás grandemente abençoado. Eu sou um Deus de louvores, e habito no meio dos louvores do meu povo (Ex 15:11).
Fazendo assim, verás certamente coisas grandiosas acontecerem em sua vida, e com certeza, estarei definitivamente enxugando as lágrimas dos teus olhos, pois assim fiz com Davi, meu servo, pelo que ele disse: “Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.” Sl 116:8.
Creias e descanses no Teu Senhor e os teus pés nunca tropeçarão.
quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pastor Neucir Valentim
O povo de Israel estava vencendo as nações residentes em Canaã ao apropriar-se da terra, uma a uma, porque o Senhor os havia orientado a possuí-la e expulsar todos os seus moradores. O rigor que Deus exigia era tão grande, que quando a nação tomasse uma cidade deveria por fogo nela, para que os seus habitantes não voltassem (Js 8:7,8). Em outras palavras Deus não queria aliança do seu povo com as nações pagãs. Não queria nenhum tipo de mistura ou de cumplicidade. Queria um povo separado numa comunhão exclusiva com Ele.
Nesse contexto, surge um estratagema dos gibeonitas, povo residente em Canaã, que sabendo da ordem que Deus havia dado "buscou confundi-los e ganhar-lhes a alma e o coração", a fim de estabelecerem uma unidade com os filhos de Israel: "Vestiram-se de mendigos, fingiram vir de uma nação longínqua, trazendo pão bolorento e simulando uma história melodramática." (Js 9:11 a 12). "Tendo nos seus pés sapatos velhos e remendados, e trajando roupas velhas; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento."
Com pena dos amigos recém chegados "de longe", a nação abre a alma e escancara o coração para os vizinhos simuladores, caindo no "conto do vigário", e, desobedecendo a orientação do Senhor, faz uma aliança com o estranho à sua comunidade! E tomam tal atitude sem consultar Deus, apenas ao seu próprio coração, que facilmente enganado, tornara-se presa fatal dos que tratam, com sutileza, os sentimentos alheios.
Ao descobrir o plano maquiavélico dos gibeonitas, Josué fica furioso, mas com uma irritação tardia, pois o contrato já havia sido feito, o pacto selado e a aliança estabelecida. Agora restava tão somente a Israel, administrar a aliança mal feita, sem a orientação divina (Js 9:22 e 23).
A partir daquele dia, segundo o texto bíblico de Josué 9:27, os gibeonitas viveriam na mesma casa, sobre o mesmo teto, comendo e bebendo as mesmas coisas com os israelitas, pois fora feito um casamento, sem a bênção do Senhor; melhor, sem o Seu consentimento!
É baseado neste mesmo princípio que o Novo Testamento orienta-nos contra as ligações perigosas: " Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos?" (II Co 7:14 a 16a).
Para o autor sagrado, o jugo desigual, significava a união mais íntima, a sociedade mais comprometida e a comunhão cúmplice que adotamos com os que não pertencem a comunidade dos salvos. Era, na sua imagem, o comer o pão bolorento e o partilhar das vestes desgastadas dos que não pertencem a nossa gente, como ocorreu com os israelitas diante do engodo dos gibeonitas. Naquela ocasião, como hoje, o método do inimigo é o mesmo: Apelar para um coração aberto demais, que permite que sentimentos altruístas e amorosos falem mais alto que a Palavra do Senhor! É por isso que a Palavra nos exorta com os seguintes questionamentos: Que tipo de Sociedade há entre a justiça e a injustiças nos contratos consensuais pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução de um fim comum? Se a justiça aponta para um lado e as trevas para outro?
Que comunhão há da luz que as trevas posto que comunhão significa a participação em comum de crenças, interesses ou idéias? E que harmonia pode haver entre Cristo e Belial (os filhos do mundo)? Uma vez que a harmonia é a expressão absoluta da ordem, do acordo e da conformidade entre os que têm a Deus como pai e os que são filhos do malígno? A resposta a estas perguntas tem uma única resposta: Nenhuma! Isso mesmo, buscar sociedade, comunhão e harmonia com os que não pertencem a comunidade dos fieis é estabelecer ligações perigosas, das quais não se pode sair tão facilmente.
E esse tipo de consideração se aplica a muitas realidades: desde uma simples amizade que produz uma cúmplicidade perigosa e envolvente, ou uma sociedade mais íntima e por vezes ilegal, com determinado grupo social, até as relações amorosas, que podem prometer um futuro bonito, mas que lá na frente vão produzir pães bolorentos e vestes rotas debaixo de um mesmo teto, sob o pretexto de um coração sensível ao amor, que à rigor tornou-se frio para com o apelo da Palavra de Deus. Com certeza, para os que assim procedem, a possibilidade do vinho faltar ou as vestes envelhecerem mais rápido são muito maiores!
Pense nisso seriamente, meu irmão e consulte ao Senhor em todas as suas iniciativas e planejamentos, para não se arrepender quando for tarde demais, e ter que comer o pão bolorento para o resto de sua vida!
quinta-feira, 12 de junho de 2008

Alguma coisa muito, muito especial estava acontecendo.
De repente um arcanjo tocou uma trombeta, cujo sonido ecoou por toda extensão celeste. Ouviu-se então uma convocação peculiar: Gabriel fora convocado a comparecer junto ao Trono, para uma nova missão, pois seria portador de uma grande mensagem, aliás, a maior mensagem de todos os tempos. Para tanto, o porta-voz de tamanha boa nova, deveria ser, também muito, especial e por que não Gabriel, aquele anjo cujo nome significava literalmente "o mensageiro?"
Sim, fora ele quem outrora, havia dado a boa notícia ao profeta Daniel sobre o final do cativeiro da nação de Judá na Babilônia, e havia predito a vinda do Messias (Dn 8 e 9). Nesta ocasião este anjo, contou com a ajuda do grande guerreiro celestial, o arcanjo Miguel, que, com suas tropas celestes, lutou contra o príncipe das potestades do ar, a fim de não impedir Gabriel, de transmitir a boa notícia ao profeta.(Dn 10:13).
Novos movimentos no céu. As tropas de guerra se alinharam de novo. Todos os arcanjos foram convocados. Todos os querubins, com suas espadas flamejantes, de igual forma, já colocavam-se, prontamente, armados, organizando os seus pelotões, em prontidão. Neste momento, todo o exército celestial já colocava-se em posição estratégica.
À frente de todos, estava o antigo comandante Miguel, o único ser angelical capaz de enfrentar o próprio Diabo e os seus exércitos, (Jd 1:9 e Ap 12:7), e colocá-los em debandada. Toda essa movimentação destinava-se a guardar o anjo Gabriel, que desceria à terra, com vistas a dar a sua mensagem em uma pequena aldeia em Nazaré. Do outro lado escuro, das regiões celestiais (Ef 6:12), ouvia-se, de igual forma, muitos movimentos. As hostes espirituais do mal sabiam que alguma coisa muito grande estava para acontecer, pois, desde a rebelião no céu, quando Lúcifer se rebelou, não havia por lá tanta movimentação. - O que estará acontecendo? Que mensagem tão importante é essa? A quem se destina? Porque tantos arcanjos e querubins para protegê-la? Miguel está à frente de novo? Será que já é o dia do Juízo final? Perguntavam-se, ansiosos, os seres espirituais caídos.
Tocou-se novamente uma trombeta. Agora, marcava o início da operação tão misteriosa, mas de igual modo tão esperada ( Cl 1:26 e Ef 3:9). Os arcanjos saíram à frente como batedores, Gabriel estava cercado por querubins, e estes por milhares de anjos. Só ele e Miguel conheciam o destinatário da mensagem, e apenas ele, Gabriel, o seu teor. Desta vez não houve resistência das hostes malignas, as forças titânicas do mal, sabiam que se houvesse qualquer tipo de reação, seriam prontamente estraçalhadas. Ficaram apenas em silêncio, aguardando o desenrolar dos fatos.
É aqui - Disse Miguel, quando chegaram sobre os céus da Galiléia, dirigindo-se para uma aldeia pobre, chamada Nazaré. Gabriel preparou-se para a missão, afinal, já vira a casa onde deveria deixar a mensagem tão importante. Faltava apenas encontrar quem a receberia... o seu alvo. Naquele momento parecia estar apreensivo (mesmo para anjos que não tem sentimentos humanos, era uma missão que demandava muita ansiedade).
Gabriel parou em frente a uma simples choupana em Nazaré. Com ele as miríades celestiais. Houve um grande silêncio, até que, sob a supervisão de Miguel, recebeu a orientação: - Pode entrar e dar a mensagem! - Dentro da casa, estava alguém muito especial, que neste momento cantava uma melodiosa canção ao Deus Eterno. Uma jovem camponesa, da linhagem de Davi, meiga e ainda virgem, noiva de um jovem chamado José, que como ela, era temente a Deus. Chegou o momento tão esperado, quando Gabriel tornou-se visível e pronunciou-se alegremente a mensagem que lhe fora confiada: (Lc 1:28 a 36)
"Salve, agraciada; o Senhor é contigo. A jovem, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Então a jovem perguntou ao anjo Gabriel: Como se fará isso, uma vez que sou virgem? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; porque para Deus nada será impossível. Disse então Maria. Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela."
A mensagem fora dada, e Gabriel, com todo o exército celestial, estavam contentes pelo sucesso da missão. Na sua memória angelical, ainda estava o teor da notícia: Aquela jovem donzela, estaria agora levando a sua mensagem, de forma diferente; encarnada em seu ventre materno. Não seria apenas uma mensagem verbal, mas traduzida em carne e osso, pois a partir daquele momento, o Verbo Eterno se fez carne, e estava habitando entre os homens.
Foi então quando percebeu a sua importância. O próprio Filho de Deus estava ali, naquela humilde aldeia da Galiléia, para salvar o mundo dos homens e destruir de vez, as forças titânicas do mal.
sexta-feira, 9 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

OU CHIBOLETE?
“Então os homens de Efraim se congregaram, passaram para Zafom e disseram a Jefté: Por que passaste a combater contra os amonitas, e não nos chamaste para irmos contigo? Queimaremos a fogo a tua casa contigo.” E houve naquele dia grande batalha...
Nenhuma história bíblica retrata tamanha contradição e estupidez humana como essa. Os homens de Israel, da tribo de Efraim, ao saber que os homens de Israel da tribo de Manassés, estiveram lutando contra os amonitas, povo inimigo da nação, à qual pertenciam as duas tribos, ficaram profundamente irritados porque não foram convidados para pelejar juntos. E, assim, porque não foram lutar lado a lado, tornaram-se inimigos entre si, a tal ponto, que houve grande peleja naquele dia, de modo que nessa luta insólita, morreram, apenas de Efraim, cerca de 42.000 homens.
Essa história sinistra, tirada do livro dos juízes, faz-nos lembrar um pouco da nossa história evangélica no Brasil.
Glossário: Chibolete significa riacho fluente. Palavra que os Efraimitas não conseguiam pronunciar corretamente, à semelhança de certas palavras regionais brasileiras, cujo som é diferente em outros estados.
Pastor Neucir Valentim

Niterói é uma palavra indígena que significa “águas paradas” ou “águas entre pedras.” Para nós que temos a nossa igreja situada no centro da cidade que leva esse nome, é bem sugestivo. Pense bem: Somos uma igreja situada em águas paradas, ou que vive em águas entre pedras. A partir deste desafio etimológico, podemos crer que, enquanto igreja, devemos procurar mover as águas, ainda que existam pedras gigantes a nos desafiar.
Águas paradas, geralmente, não são boas, são propensas a se transformarem em depósitos de parasitas, tornando-se em águas doentes, a semelhança das águas amargas de Mara, imprestáveis para dessedentar aquele que tem sede da água da vida. Que a semelhança de Moisés clamemos aos Senhor para que transforme estas águas paradas em águas potáveis, cheias de vida (Ex 15:25).
Quem sabe, temos também ouvido o clamor de muitos dos que aqui vivem e passam como o profeta Eliseu ouviu no passado: “Eis que a situação desta cidade é agradável, como vê meu senhor; porém as águas são péssimas, e a terra é estéril.” II Reis 2:19.
Recente pesquisa do IBGE revelou que Niterói está em 4º lugar no quesito cidade com melhor qualidade de vida no Brasil, e os seus administradores desejam vê-la em 1º lugar em breve. Mas será que a semelhança do texto de II Reis 2:19, referido acima, vivemos numa cidade agradável, mas que, espiritualmente falando, tem águas péssimas e a terra é estéril? Quando andamos pela cidade percebemos o quando isto é um fato. Percebemos nas faces, nos olhares dos transeuntes uma profunda sede de Deus, sede que só Jesus pode saciar.
Deus está convocando você, membro desta igreja, que vive no meio destas “águas paradas” para, sanear estas águas, e pelo Espírito Santo, canalizar nesta cidade “águas das fontes da salvação” Is 12:3. Proclamando a salvação em Jesus, que diz veementemente: “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” Jo 4:14.
Aceite este desafio!
Blog: Tudo bom senhor Legalista? É um prazer para este Blog poder entrevistá-lo...
Legalista: O prazer é todo meu, desde que vocês não passem da hora marcada para terminar a entrevista. Comigo é assim: Tudo tem hora para começar e para terminar, caso contrário eu fico de mal humor e vou embora. Aliás, quando estou num culto e este passa cinco minutos do horário do término, sinto-me extremamente aborrecido.
Blog: Tudo bem, deixemos o horário de lado e falemos um pouco do senhor.
Legalista: Eu sou uma pessoa boa, cumpro com os meu deveres, sou honesto e até ajudo muito no reino de Deus.
Blog: Como o senhor ajuda?
Legalista: Eu me sinto um fiscal por natureza. Tenho esta vocação em mim. Não faço isso para ficar bisbilhotando a vida alheia para fazer fofoca, muito pelo contrário, meu objetivo é nobre, livrar a igreja daqueles que cometem faltas. Estou sempre pronto para identificá-los. Imaginem vocês se as pessoas erram e não tem quem as acuse?
Blog: Mas o senhor não acha que toda acusação obcecada, bem como toda busca detalhista de culpa, pode ser de origem diabólica, pois não se trata de justiça mas sim do prazer pela condenação?
Legalista: Eu não busco condenação, mas acho que pessoas que erram devem ser punidas exemplarmente. Sempre!
Blog: A que igreja o senhor pertence?
Legalista: Eu gosto apenas de algumas igrejas. Principalmente aquelas que buscam, como eu, descobrir os erros alheiros, publicá-los e disciplinar cruelmente os que erram. Mas a rigor não me adapto a igreja alguma. Elas tem tantos defeitos (...) com o tempo eu sempre descubro um erro aqui, outro ali, que não condiz com o meu padrão, e aí eu me aborreço.
Blog: O senhor tem alguma profissão?
Legalista: Sim, sou médico oftalmologista. Meu trabalho é examinar os olhos das pessoas, para ver se não tem algum argueiro... (Mt 7:3)
Blog: O senhor pratica algum esporte?
Legalista: Todo esporte que exija um árbitro. Eu gosto mesmo é de ser juiz!
Blog: O senhor tem alguma frustração? Algum sonho não realizado?
Legalista: Sua pergunta me pegou de surpresa, pois na verdade eu tenho uma grande frustração. Gostaria de ter sido promotor público, creio até que trabalharia de graça, por prazer. Com a minha visão crítica apurada, muito poderia ajudar a justiça. Geralmente sei de cor os estatutos, regimentos, regulamentos, códigos, etc., para ficar atento a qualquer irregularidade; Afinal não se pode confiar em ninguém!
Blog: Qual o texto da Bíblia que o senhor mais gosta?
Legalista: Gosto de Êxodo 21:24. “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”
Blog: Mas este versículo não pertence a uma época em que a misericórdia era pouco exercida?
Legalista: Sim, mas particularmente eu não gosto muito de falar sobre misericórdia, ver as pessoas sob misericórdia, julgar sob misericórdia, pois muita misericórdia alivia a culpa de quem está sob o peso do erro, que precisa ser punido.
Blog: Mas não foi por isso que Cristo morreu?
Legalista: Eu não entendo muito de teologia...
Blog: Qual o versículo da Bíblia que o senhor menos gosta?
Legalista: O de Romanos 2:1 “Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo”, - Este versículo me faz sentir um pouco culpado... de algumas coisas que faço...
Blog: O senhor é parente de Arrogante?
Legalista: Sim, sou seu primo. Como vocês descobriram?
Blog: É simples: O legalismo é a pressuposição arrogante de achar que se pode agradar a Deus apenas pela observância de mandamentos legais, sem o exercício da misericórdia. E isto é parte de um espírito arrogante! Por isso a familiaridade.
segunda-feira, 5 de maio de 2008

Pastor Neucir Valentim
Meu gato "vive" na igreja.
Assim como o meu gato que "vive" na igreja e muitas vezes assiste aos cultos de "camarote" pela janelinha que dá para o templo, existem muitas pessoas, que "vivem" na igreja, participam dos cânticos, ouvem a Palavra, tem manias e jeito de gente crente, mas, que a semelhança de meu gato, não são crentes, pois não têm uma profundidade maior com Deus.
Ao escrever este artigo, o meu antebraço está inchado, com dois furos na altura de minhas veias, o tendão do meu braço está ferido fazendo com que os movimentos dos meus dedos me produzam arrepios, e as minhas pernas estão arranhadas, sinto inclusive, bastante dor ao digitar as teclas do computador.
Lá pela madrugada, ouvi um ruído, um miado de gato, perdido na noite escura, isolado, um clamor de um felino perdido, talvez, no refeitório da igreja. Entrei no referido recinto, fechado, escuro, com ares sepulcrais.
Uma vez identificando o seu dono, voltou para casa meio ressabiado, sem pedir desculpas a ninguém, apenas deitou e dormiu... Enquanto eu usava compressas e analgésicos!
A história contada, de alguma forma, ilustra aqueles que vivem na igreja, mas, não têm um conhecimento do Dono da Igreja. Assim como o meu gato que vivia na minha casa, há muita gente que vive na Casa de Deus e não O conhece, e por isso, na primeira oportunidade, fortuita, busca uma forma de pular o muro, a janela, a rotina eclesiástica, para achar na vida, fora dos limites estabelecidos, prazeres que o levarão a perdição. O meu gato ficou perdido numa noite escura.
E a grande tragédia dessa história toda, é que, assim como, com boa vontade e ternura, busquei achar o meu gato no meio da noite, atendendo o seu clamor felino, existe um Salvador, que anda pelas noites, pelas regiões da sombra e da morte, buscando aqueles que por Ele clamam, pronto a buscá-los, como o Sumo Pastor faz com suas ovelhas: " Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? (Mt 18:12).
Mas, assim como fui mal compreendido pelo meu gato, muitos assim fazem para com Deus, e ao invés de conhecer a sua voz, confundem-se, pois não são ovelhas do Seu aprisco e por isso, não conhece a voz do pastor: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (Jo 10:27). E nesses casos, não importa a dor e o sangue derramado pelo Senhor, porque, por mais que se busque apanhá-las no meio da noite, e colocá-las em lugar seguro, haverá sempre uma outra ocasião para novas fugas, desvios e desencontros...
Saiba que o Senhor está sempre disposto a dar a sua vida e o seu sangue pelos que se perdem, ou melhor, pelos que nunca se acharam nele... pense nisso. Mas, é necessário reconhecer-lhe a voz.
Quanto ao meu gato. Não usarei mais de misericórdia ou farei qualquer esforço para buscá-lo, se quiser ir que vá, pois a dor que estou sentindo é muito grande agora... e ele continua dormindo cinicamente, esperando a próxima noite, a próxima fuga, e quem sabe, da ida sem volta. A bem da verdade... Não sou pastor de gatos!