quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como amo essas mulheres!


COMO AMO ESSAS MULHERES!
Pastor Neucir Valentim
Existia um homem muito próximo a mim, éramos muito ligados! Vivíamos juntos! Não sei como, mas disputávamos, milímetro a milímetro, o mesmo lugar... Na barriga da minha mãe, compartilhando o mesmo ventre comigo, na mesma ocasião, no tempo e no espaço o tempo todo. Deve ter sido uma briga boa. Confesso que não me lembro. De verdade! Explico. Eu era gêmeo bi-vitelino, mas creio que não deu para nós dois disputarmos o mesmo ambiente, o mesmo carinho, o mesmo afeto. Era ele ou eu! E ele, então certo dia, sem falar com ninguém, resolveu sair “de casa antes”. Minha mãe pensou que tivesse perdido o seu bebê, mas era o outro que tinha vindo, que saíra antes do tempo. Não sobreviveu... Mas, para surpresa dela, e do médico, eu ainda estava lá, agora sozinho... Reinando sem nenhum concorrente por perto. Meses depois nasci para viver entre as mulheres.
Amo as mulheres, no sentido mais puro da frase.
Fui criado com mulheres. Minha mãe e três irmãs. O contato que tinha com meu pai era mais esporádico, pois ele trabalhava, saia cedo de casa, etc. Meu pai sempre foi gente boa, mas gostava de futebol, de campeonatos, e confesso que como não sou nenhum Ronaldinho, acabei não acompanhado tanto as suas atividades esportivas...
Já com minha mãe e minhas irmãs, eu era mais próximo. Dormia no mesmo quarto com minhas irmãs, não brincava “de” bonecas, mas “com” bonecas. Queria saber o que elas tinham dentro do corpo... Abria uma ou outra de vez em quando, fazia pesquisa. “Matava” as suas bonecas. Eu sei que isso é feio, mas a minha natureza era, como a dos homens, predatória.
Aceitei a Jesus muito cedo, e me tornei um “rato-de-igreja” e estava em todas as reuniões. Como na maioria das igrejas, a União Feminina é mais forte, lá estava eu, de novo, entre as mulheres... Não perdia uma reunião feminina... Conhecia o seu “moto” sua música e suas manias... Queria estar na igreja! Como naquele tempo não era comum ser crente. Havia poucos adolescentes na igreja, então acabei mesmo, ficando junto às mulheres de Deus. Com o tempo, é óbvio, as coisas mudaram, quando chegaram então os adolescentes, os jovens, etc. Me enturmei com a minha categoria.
Cedo me casei. Encontrei outra mulher, agora a minha esposa, e logo depois, chegava em minha vida outra mulher, a minha filha mais velha... Que felicidade! Na segunda gravidez de minha esposa, na ultra-sonografia a médica falou: “O papai vai ter mais uma menininha!” Um pouco encabulada. Mas para mim, quanta felicidade. Agora estava eu, de novo, cercado de mulheres.
Sempre entendi que Deus é sábio, e quando ele disse que não era bom que o homem estivesse só, e que far-lhe-ía uma adjutora - A mulher. Acertou em cheio – Aliás, Deus sempre acerta, nós é que erramos.
A mulher preenche as necessidades do homem. Deus fez assim – Homem e mulher, e não mais que isso! Fora disso não presta, e fez para o nosso bem, digo, o bem dos homens. Por isso Adão, o primeiro homem falou: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”.Gn 2:23.
Deus ama as mulheres, de forma especial. Foi por um ventre materno que ele entrou na História do homem. Foi através das mulheres que Jesus teve a sustentação do seu ministério: “Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Susana, e muitas outras que os serviam com os seus bens.” Lc 8:3.
Foram as mulheres as primeiras testemunhas da ressurreição. Tudo bem, nenhum dos homens acreditou nelas, e Pedro teve que conferir, mas foram elas que souberam da boa notícia primeiro!
Hoje digo para os homens que são pais: o que seria de nós se não fossem as mamães. Somos tão atolados!
Mas elas são fortes! Não sentimos os enjôos da gravidez, não ficamos com varizes, não temos o nosso corpo deformado, não temos que sentir aquelas fortes dores do parto. Não temos que amamentar ninguém...
Fico imaginado os homens, tão moles e tão sensíveis como são, sobreviveriam as dores do parto, alguns que sequer agüentam uma dor de cabeça...
Bem, são as mulheres que embalam os homens no mundo. Cantam as primeiras canções, dão as primeiras lições, etc. Se existe até um dia dos pais, foi porque antes, houve um dia das mães, e uma mãe que cuidou com carinho desse pai...Que agora pode ser homenageado. Mas cá entre nós, as mulheres são as mulheres, Deus nos fez muito bem.
A minha filha acaba de ler este artigo, e com a peculiaridade da sensibilidade feminina me perguntou: “Pai, os homens não vão ficar chateados por um artigo que não fale sobre eles?” Então tive que lhe explicar uma coisa sobre os homens que, certamente ela não conheça: Nós homens não somos tão sensíveis nessa área não. Para nós as palavras não têm o mesmo significado que as mulheres (e eu conheço de mulheres, lembram?) Para nós homens, palavras deste gênero não são tão importantes assim.... Nós homens somos meio frios, mecânicos, às vezes insensíveis e durões demais para isso, mas já as mulheres... Bem elas pensam bem diferente da gente. Ainda bem!
Como amo essas mulheres.

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